sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Taça de Portugal Filipa x CNG

QUEENS DEIXAM A PROVA COM MAIS UM 2-3.
CNG com mais frescura fisica e mais consistência nos momentos decisivos vence a partida.

Lisboa, 8 de Dezembro 2014

Ao Filipa coube receber a equipa do CNG. Os confrontos anteriores foram bastante equilibrados com uma vitória para cada uma das equipas por 3-2. Esperava-se por isso um jogo muito equilibrado mais uma vez.
E cumpriu-se a previsão. Se as Queens tinham tido no dia anterior um jogo desgastante em Esmoriz e com uma viagem de quase 600 km no corpo, do outro lado estava o nacional de Ginástica que tinha folgado este fim de semana e só focalizado nesta partida.
As Queens sabiam destas condicionantes e a equipa técnica fez uma gestão pormenorizada do plantel de modo a ter as soluções para levar de vencido este adversário.
O 1º Set apresentou umas Queens muito consistentes e confiantes. Certamente fruto do jogo do dia anterior (apesar da derrota foi a melhor exibição da época). Mas do outro lado estava uma equipa que tem vindo a evoluir a cada semana de época. E o equilíbrio foi sendo o mote da partida. As Atletas da Linha conseguem uma ligeira vantagem aos 16-18, à qual as Queens respondem com uma parte final de set muito forte no serviço e dão a volta ao marcador vencendo este set por 25-20.

A boa entrada das Queens manteve-se no 2º set. Mas o CNG não baixou os braços. O jogo continuava muito equilibrado e desgastante para as Queens. Os ataques iam vencendo as defesas adversárias. Até que aos 12-13 o CNG tem uma rotação mortífera para as Queens. A Atleta Luísa Vitorino vai para o serviço e “Ginastas” fazem um parcial de 0-10. Tudo se mais complicado para as Queens e a derrota e neste set por 15-25.
Com o 3º set as Queens mostraram ao público que encheu o pavilhão da Escola  Filipa de Lencastre  que o set anterior não as tinha afetado e entraram nesta partida com a mesma dinâmica  do 1º set e aproveitam uma quebra de concentração as “Ginastas” e conseguem um domínio claro do set com vantagens de 13 -8 e 20 -12 que permitiu uma vitória tranquila por 25-20.
No set seguinte as Queens voltam a entrar em grande velocidade e muito determinadas no bloco e ataque. Ganham uma vantagem inicial de 3 pontos. Mas aos 16 igual tudo muda. Começa a fazer-se sentir o peso do jogo do dia anterior. As situações de desacerto aumentam assim como os erros não forçados. O CNG, que sempre esteve no jogo, agarra esta oportunidade com muita dinâmica defensiva mas acima de tudo com uma distribuição mais esclarecida. As Queens tentam recuperar mas já não chegam a tempo as substituições realizadas e perdem o set por 20-25. Ficando tudo aberto para o 5º set.
Apesar de alguma indefinição nas acções de jogo as Queens entram bem na negra e conseguem virar o set a vencer por 8-5.  Mas tal como aconteceu no jogo na Parede as Ginastas com uma frieza notável aproveitam o decréscimo físico das Queens e atacam o set a partir da mudança do campo. Os erros de receção fazem com que as Queens não ataquem e sem criar a dificuldade a defesa do CNG que permite colocar a bola na mão da sua distribuidora que serviu a primorosamente sua atacante Luísa Vitorino na zona 4 que foi pontuado, bola a após bola, sem que as Queens já tivessem capacidade física e técnica para responder. O CNG vence o set por 10-15 e a partida por, mais um, 2-3.

Nem só o cansaço físico explica tudo. Mas notou-se em momentos determinantes que a frescura física do CNG permitiu maior sucesso, principalmente, nos rallys mais longos. 
As Queens saem da Taça de Portugal provavelmente cedo de mais, mas fez tudo para contrariar as dificuldades que este jogo tinha em particular. Fizeram mais um bom jogo e, provavelmente, com poderiam com outra sorte em alguns momentos poderiam ter merecido o prémio da vitória.


Flashinterview:

Tal como na época passada na eliminação da Taça de Portugal coube a Paulo Fonseca enquanto treinador principal do Filipa de Lencastre a entrevista rápida.

Dois jogos em dias consecutivos e mais duas derrotas por 3-2. Começa a ser uma marca da época…
PF – Sim é verdade que este fim de semana foi particularmente duro em todos os aspectos. As derrotas por 3-2 são sempre difíceis de digerir e fica sempre a sensação de que podíamos ter conseguido mais, com mais um pouco de calma e confiança.. e claro que sorte também ajudava. Depois as ausências forçadas que obrigaram a um esforço suplementar agravado pela disputa de tantos sets e tão disputados. Enfim, estávamos preparados e fizemos grandes jogos mas os nossos adversários acabaram por ser mais constantes e fortes.

E como CNG mais uma derrota em mais um jogo equilibrado. Foi a quebra física que marcou este jogo?
PF – Bom, teve efeito claro. Quer a Mari e a Cae fizeram ontem 5 sets muito intensos para centrais. Em particular a Mari que teve o seu primeiro jogo como titular. A Mia que fez uma excelente partida ontem também acusou o esforço. A Joana Reis que não está preparada fisicamente para tanto jogo. Mas tentámos fazer a gestão do grupo com quem estava mais fresco. Infelizmente penso que podíamos ter feito mais e melhor. Mas quando queríamos fazer o que estava planeado o jogo entrava em encaixes que não considerámos bons para essa gestão. E depois perde-se o momento e aqui penso que, como equipa técnica, não tivemos particularmente bem. A Piny devia ter entrado mais cedo para trazer frescura à distribuição e a Jô, que foi chamada para ganhar o bloco no ataque da entrada do CNG, poderia ter trazido outra agressividade ao meio da rede.

Esta saída da Taça de Portugal pode afetar o grupo para os jogos que se aproximam e que são decisivos para atingir o objetivo principal da época?
PF – Espero que não. São realidades diferentes e o grupo sabe muito bem isso. O CNG tem uma excelente equipa, bem desenvolvida pelo Fernando, e tiveram muito bem . O grupo sabe que teríamos que estar em perfeita focalização do jogo para poder vencer. Isso não foi possível. Paciência. Vamos retomar o nosso esforço no objetivo principal. O grupo só tem que estar de cabeça erguida pois fizeram dois grandes jogos, com momentos brilhantes, e deram tudo o que puderam. Podia ser melhor? Claro, mas estamos a trabalhar duro e os resultados aparecerão como desejamos.


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