QUEENS LUTAM FORTE CONTRA OS “MARES”
DA BARRINHA.
Derrota por 3-2 com o Esmoriz deu
um ponto que fica curto.
Esmoriz, 7 Dezembro
Grande jogo o que as 3 equipas
prestaram no emblemático pavilhão do Esmoriz Ginásio Clube.
As Queens tinham a sua primeira
viagem ao norte do país e contra a equipa da Barrinha que está a fazer um
início de época a condizer com o seu historial. Na 1ª volta o Esmoriz venceu no
Filipa por um 0-3 sem discussão apesar de sets equilibrados e já em balanço
para as séries dos primeiros a partir de Fevereiro.
As lisboetas entraram
concentradas e bastante coesas. O seu adversário apresentou-se, igualmente, mais
forte com o regresso de atletas à competição. O 1º set apresenta um equilíbrio pendular:
o Esmoriz consegue uma vantagem inicial de 7-2, depois o Filipa consegue ter uma
vantagem de 12-14. Mas as donas da casa impõem a sua confiança e grande
capacidade defensiva e fazem um arranque para vencer o set por 25-18.
O set seguinte trouxe-nos uma
reação das Queens. A entrada em jogo, ainda um pouco combalidas do final do set
anterior, não permitiu o discernimento estratégico para ultrapassar a equipa da
casa. A troca das distribuidoras mostrou-se decisiva. Menos pressionada pelo
peso do set anterior Joana Reis estabilizou a estratégia do jogo e as Queens
conseguiram impor a sua dinâmica e empatam a partida ao vencerem o 2º set por
25-22.
Quando todos esperavam um 3º set
com as Queens a entrarem por cima… mas nada disso. As atletas da equipa da
Barrinha não gostaram de ter perdido da forma como aconteceu no set anterior .
Foram muito eficazes em todas as acções do jogo enquanto que as lisboetas
pareciam paralisadas com o frio que se sentia….mesmo depois de terem 2 sets no
corpo. Só conseguiram equilibrar até a meio do set...depois disso, um mar revolto de Esmoriz entrou em campo e
as Queens perdem o set por 25-13.
Já sem possibilidade de
conquistar os 3 pontos, as Queens tinham que reagir para pontuar em Esmoriz. E
foi então que se viu o que se espera de uma equipa que vai em busca do que
quer. Sem nada a perder as Queens entram com uma agressividade nunca
vista esta época.
Forte no bloco, serviço incisivo,
ataque muito agressivo e uma luta imensa na defesa contra a forte “armada” que
o Esmoriz colocou em campo. O público vibrava com as bolas quase perdidas que
eram recuperadas e transformadas em ponto. As Queens dominam as “Marés da
Barrinha” com conseguindo 6-15 que lhes deu a segurança para gerir o jogo
vencendo por 19-25 e conquistando o ponto que os 2 sets conferem.
A negra podia trazer o prémio
pelo esforço e as dificuldades que as Queens passaram desde a saída de Lisboa
(entorse da central Ritão (suplente não utilizada) e as indisposições de Olga
Revoredo e Sofia Reigoto durante a madrugada impediram a sua ida ao jogo). A
equipa sabia que era possível vencer e entraram nesse 5º set com esse espírito.
Mas o Esmoriz não queria sofrer a sua primeira derrota em casa e assistimos a
mais uma partida muito violenta. Os ataques muito agressivos e as defesas a
responderem . As Queens aguentam a pressão das Barrinhas e têm uma
possibilidade de virar o set na frente mas não a aproveitaram. O Esmoriz vira
com 8-6.
O equilíbrio chega aos 10-10…mas aqui termina. A equipa que conseguisse a mais
ligeira vantagem teria a conquista da praia. E coube à valorosa equipa da casa.
As Queens deixam fugir a vitória por 15-12.
Foi um grande jogo de voleibol
feminino que merecia transmissão por um livestream qualquer. Uma equipa de Esmoriz que pode ser um caso
sério neste campeonato sentiu o poder das Queens que querem fazer mais neste
campeonato. Para um jogo destes era necessária uma terceira equipa a condizer.
E a dupla de arbitragem esteve à altura de um jogo de tal intensidade. Mesmo tendo existido algumas decisões mais problemáticas, elas foram tomadas dentro da sua
avaliação- que não beneficiou ninguém. Boa arbitragem.
As Queens conquistam o seu 7º
ponto e estão em 3º lugar da série. Aproximam-se os 2 jogos decisivos. São 6
pontos em disputa e as Queens têm um jogo em casa com o líder PEL e em Coimbra (em
Janeiro) frente à Académica. Se tudo
decorrer normalmente as Queens dependem do seu próprio trabalho para conseguir
pontuar o suficiente para serem apuradas para a série dos 1ºs. Gostaríamos de
ver de novo as Queens a mostrarem o que hoje mostraram aos adeptos do voleibol
de Esmoriz.
Flashinterview:
Mariana Santos a Drª Veterinária da equipa teve a sua primeira partida como titular e logo com 5 sets. A aveirense mostrou que está a evoluir de forma muito consistente nesta nova experiência no voleibol federado depois de nos últimos anos só ter jogado o campeonato universitário. Pelo jogo que fez foi a escolhida para ser entrevistada sobre esta partida.
Mariana Santos a Drª Veterinária da equipa teve a sua primeira partida como titular e logo com 5 sets. A aveirense mostrou que está a evoluir de forma muito consistente nesta nova experiência no voleibol federado depois de nos últimos anos só ter jogado o campeonato universitário. Pelo jogo que fez foi a escolhida para ser entrevistada sobre esta partida.
Mariana, assistimos a um grande jogo, não?
MS - Sim, foi um jogo muito
disputado. O Esmoriz apresentou-se mais forte do que na primeira fase, e desta
vez tinha a vantagem de estar em casa. O Filipa, apesar de algumas ausências e
lesões, mostrou-se com muita vontade de vencer, e foi um adversário à altura.
Como explica esta alternância no evoluir do jogo? Tão depressa O Esmoriz tomou conta
da partida , como no set seguinte foi o Filipa a agarrar as rédeas!
MS -Soubemos responder bem
quando perdemos os sets. Não fomos abaixo, regressámos ao campo mais fortes. Factores
como a concentração, a pressão ou a capacidade de quebrar o serviço,
principalmente num jogo equilibrado como este, levam ao aparecimento de
vantagens no marcador.
Para além disto, apesar de termos possibilidades mais limitadas do que
habitual para efectuar trocas, foram sendo feitas alterações que contribuíram
para que o jogo decorresse de forma diferente.
O 5º Set...foi deixar fugir do ouro, não?
MR - Infelizmente acabámos
por perder o 5º set. Conseguimos estar equilibradas até aos 10 pontos, creio,
mas a partir daí o Esmoriz foi avançando sozinho no marcador.
Compreensivelmente, torna-se muito difícil dar a volta nesta situação. Aumenta
a pressão do nosso lado, com uma menor margem para arriscar e errar, ao mesmo
tempo que no lado oposto aumenta a confiança. Apesar do Esmoriz ter acabado por
vencer, a vitória podia ter sido conquistada por qualquer uma das equipas.
Após
alguns anos fora do voleibol federado , como está a sentir o
"regresso" e ainda por cima nas Queens?
MR -Tem sido muito positivo.
A exigência é mais elevada do que aquela a que estive sujeita em anos
anteriores, é um óptimo desafio, e todo o trabalho que temos desenvolvido
permite corresponder a essas exigências, fazendo com que haja uma boa evolução,
tanto a nível individual como enquanto equipa. Há que deixar também uma palavra
de apreço à equipa, que me acolheu muito bem.
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