quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

7ª Jornada Esmoriz GC x Filipa

QUEENS LUTAM FORTE CONTRA OS “MARES” DA BARRINHA.
Derrota por 3-2 com o Esmoriz deu um ponto que fica curto.

Esmoriz, 7 Dezembro

Grande jogo o que as 3 equipas prestaram no emblemático pavilhão do Esmoriz Ginásio Clube.
As Queens tinham a sua primeira viagem ao norte do país e contra a equipa da Barrinha que está a fazer um início de época a condizer com o seu historial. Na 1ª volta o Esmoriz venceu no Filipa por um 0-3 sem discussão apesar de sets equilibrados e já em balanço para as séries dos primeiros a partir de Fevereiro.
As lisboetas entraram concentradas e bastante coesas. O seu adversário apresentou-se, igualmente, mais forte com o regresso de atletas à competição. O 1º set apresenta um equilíbrio pendular: o Esmoriz consegue uma vantagem inicial de 7-2, depois o Filipa consegue ter uma vantagem de 12-14. Mas as donas da casa impõem a sua confiança e grande capacidade defensiva e fazem um arranque para vencer o set por 25-18.

O set seguinte trouxe-nos uma reação das Queens. A entrada em jogo, ainda um pouco combalidas do final do set anterior, não permitiu o discernimento estratégico para ultrapassar a equipa da casa. A troca das distribuidoras mostrou-se decisiva. Menos pressionada pelo peso do set anterior Joana Reis estabilizou a estratégia do jogo e as Queens conseguiram impor a sua dinâmica e empatam a partida ao vencerem o 2º set por 25-22.
Quando todos esperavam um 3º set com as Queens a entrarem por cima… mas nada disso. As atletas da equipa da Barrinha não gostaram de ter perdido da forma como aconteceu no set anterior . Foram muito eficazes em todas as acções do jogo enquanto que as lisboetas pareciam paralisadas com o frio que se sentia….mesmo depois de terem 2 sets no corpo. Só conseguiram equilibrar até a meio do set...depois disso,  um mar revolto de Esmoriz entrou em campo e as Queens perdem o set por 25-13.

Já sem possibilidade de conquistar os 3 pontos, as Queens tinham que reagir para pontuar em Esmoriz. E foi então que se viu o que se espera de uma equipa que vai em busca do que quer. Sem nada a perder as Queens entram com uma agressividade nunca vista esta época.
Forte no bloco, serviço incisivo, ataque muito agressivo e uma luta imensa na defesa contra a forte “armada” que o Esmoriz colocou em campo. O público vibrava com as bolas quase perdidas que eram recuperadas e transformadas em ponto. As Queens dominam as “Marés da Barrinha” com conseguindo 6-15 que lhes deu a segurança para gerir o jogo vencendo por 19-25 e conquistando o ponto que os 2 sets conferem.
A negra podia trazer o prémio pelo esforço e as dificuldades que as Queens passaram desde a saída de Lisboa (entorse da central Ritão (suplente não utilizada) e as indisposições de Olga Revoredo e Sofia Reigoto durante a madrugada impediram a sua ida ao jogo). A equipa sabia que era possível vencer e entraram nesse 5º set com esse espírito. Mas o Esmoriz não queria sofrer a sua primeira derrota em casa e assistimos a mais uma partida muito violenta. Os ataques muito agressivos e as defesas a responderem . As Queens aguentam a pressão das Barrinhas e têm uma possibilidade de virar o set na frente mas não a aproveitaram. O Esmoriz vira com 8-6.

O equilíbrio chega aos 10-10…mas  aqui termina. A equipa que conseguisse a mais ligeira vantagem teria a conquista da praia. E coube à valorosa equipa da casa. As Queens deixam fugir a vitória por 15-12.
Foi um grande jogo de voleibol feminino que merecia transmissão por um livestream qualquer.  Uma equipa de Esmoriz que pode ser um caso sério neste campeonato sentiu o poder das Queens que querem fazer mais neste campeonato. Para um jogo destes era necessária uma terceira equipa a condizer. E a dupla de arbitragem esteve à altura de um jogo de tal intensidade. Mesmo tendo existido algumas decisões mais problemáticas, elas foram tomadas dentro da sua avaliação- que não beneficiou ninguém. Boa arbitragem.
As Queens conquistam o seu 7º ponto e estão em 3º lugar da série. Aproximam-se os 2 jogos decisivos. São 6 pontos em disputa e as Queens têm um jogo em casa com o líder PEL e em Coimbra (em Janeiro) frente à Académica.  Se tudo decorrer normalmente as Queens dependem do seu próprio trabalho para conseguir pontuar o suficiente para serem apuradas para a série dos 1ºs. Gostaríamos de ver de novo as Queens a mostrarem o que hoje mostraram aos adeptos do voleibol de Esmoriz.

Flashinterview:
Mariana Santos a Drª Veterinária da equipa teve a sua primeira partida como titular e logo com 5 sets. A aveirense mostrou que está a evoluir de forma muito consistente nesta nova experiência no voleibol federado depois de nos últimos anos só ter jogado o campeonato universitário. Pelo jogo que fez foi a escolhida para ser entrevistada sobre esta partida.

Mariana, assistimos a um grande jogo, não?
MS - Sim, foi um jogo muito disputado. O Esmoriz apresentou-se mais forte do que na primeira fase, e desta vez tinha a vantagem de estar em casa. O Filipa, apesar de algumas ausências e lesões, mostrou-se com muita vontade de vencer, e foi um adversário à altura.

Como explica esta alternância no evoluir do jogo? Tão depressa O Esmoriz tomou conta da partida , como no set seguinte foi o Filipa a agarrar as rédeas!
MS -Soubemos responder bem quando perdemos os sets. Não fomos abaixo, regressámos ao campo mais fortes. Factores como a concentração, a pressão ou a capacidade de quebrar o serviço, principalmente num jogo equilibrado como este, levam ao aparecimento de vantagens no marcador.
Para além disto, apesar de termos possibilidades mais limitadas do que habitual para efectuar trocas, foram sendo feitas alterações que contribuíram para que o jogo decorresse de forma diferente.

O 5º Set...foi deixar fugir do ouro, não?
MR - Infelizmente acabámos por perder o 5º set. Conseguimos estar equilibradas até aos 10 pontos, creio, mas a partir daí o Esmoriz foi avançando sozinho no marcador. Compreensivelmente, torna-se muito difícil dar a volta nesta situação. Aumenta a pressão do nosso lado, com uma menor margem para arriscar e errar, ao mesmo tempo que no lado oposto aumenta a confiança. Apesar do Esmoriz ter acabado por vencer, a vitória podia ter sido conquistada por qualquer uma das equipas.

Após alguns anos fora do voleibol federado , como está a sentir o "regresso" e ainda por cima nas Queens?

MR -Tem sido muito positivo. A exigência é mais elevada do que aquela a que estive sujeita em anos anteriores, é um óptimo desafio, e todo o trabalho que temos desenvolvido permite corresponder a essas exigências, fazendo com que haja uma boa evolução, tanto a nível individual como enquanto equipa. Há que deixar também uma palavra de apreço à equipa, que me acolheu muito bem.

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