QUEENS COM DERROTA COMPROMETEDORA
EM CASA.
Exibição muito cinzenta perante um adversário cheio de ganas.
Exibição muito cinzenta perante um adversário cheio de ganas.
Lisboa, 2nov2014
O Filipa recebia hoje o Esmoriz
Ginásio Clube no seu pavilhão e esperava-se um jogo emotivo. O Campeão da 3ª
divisão da época passada tinha vencido a Académica por 3-1 em sua casa e vinha
cheio de confiança para a visita ao Castelo das Queens. Por seu lado, as donas
da casa tinham que recuperar os pontos perdidos na semana anterior na parede.
Sabe-se a capacidade que as Queens têm e a forma como defendem o seu
território, sendo por isso uma equipa difícil no seu reduto.
Deste modo, quem foi encher o
pavilhão da Filipa de Lencastre foi com a expectativa de ver um jogo disputado
ponto-a-ponto mas acabou por ver umas Queens sem chama, receosas, pouco
dominantes. Mesmo no segundo set quando tiveram a liderar a partida com
vantagem segura, acabaram por soçobrar nos últimos pontos.
Mas então como foi a história
deste jogo?
Foi um jogo em que a equipa da
“barrinha” dominaram com muita concentração e empenho. No 1º Set as Queens
apenas conseguiram ter vantagem no início da partida com 8-5. Mas a partir daqui o Esmoriz arranca
para uma exibição segura que foi suficiente perante uma equipa da casa com
pouco “sangue” para replicar. Sem grandes dificuldades as nortenhas vencem por
18-25.
Com as alterações produzidas no
2º Set esperava-se uma Queens mais combativas. E , de facto, o arranque foi
mais perto do que se esperava da equipa.
Vantagem de 6-1 leva o treinador
do Esmoriz a pedir o seu desconto de tempo. Mas as Queens continuam a
fazer estragos na receção contrária e vão mantendo a distância até aos 16-9. A parir daqui entramos noutro registo
completamente oposto. Um serviço, 2 receções e um ataque falhados foi uma
sequência demolidora para o Filipa. As nortenhas ganham ímpeto e começam a
colar no marcador. As lisboetas começam a ter dificuldade em fechar jogadas e o
bloco começa a vacilar. A reviravolta acontece aos 22-23… e mais 2 ataques para
a falhados em side-out deu a vitória aos
visitantes por 22-25.
O 3º e último set foi ainda mais
complicado para as Queens. Se o início
deste set deu ainda para sonhar com a recuperação com o 9-9 no marcador dá-se a
sentença final na partida. Uma sequência imparável de 11 pontos para o Esmoriz,
apesar dos descontos de tempos pedidos, leva o marcador para 9-20. A partir
daqui foi esperar pelo términus do jogo. Uma reação das Queens, que pareceu
mais consentida do que criada, ainda permite encurtar a distância do marcador
para um aceitável 19-25.
As Queens perdem 3 pontos em casa
o que vem aumentar as dificuldades para os próximos encontros. A equipa parece
estar a demorar a entrar num registo de competitividade que esta prova obriga.
Sente-se que há valor e potencial mas as coisas não estão a sair como o grupo
deseja.
Na próxima semana as Queens não jogam por desistência do CV Aveiro. O regresso está marcado para dia 16 de Novembro em casa do Pedro Eanes Lobato num jogo de grande dificuldade.
Na próxima semana as Queens não jogam por desistência do CV Aveiro. O regresso está marcado para dia 16 de Novembro em casa do Pedro Eanes Lobato num jogo de grande dificuldade.
Flash Interview –
A entrevista rápida coube a Joana
Reis. A distribuidora da equipa que este ano ingressou nas Queens após uma
época na ADM.
Joana, foi um mau jogo das Queens este da receção ao Esmoriz. Concorda?
JR - Não posso afirmar que tenha sido um jogo mau, sem mais.
Certamente que não correspondeu ao que expectávamos, depois destas últimas
semanas de trabalho. Contudo, o resultado não resume a história do jogo:
assistimos a momentos com um bom nível de jogo, tanto da parte da equipa do
Esmoriz como da parte das Queens.
O Esmoriz apresentou-se com uma
equipa madura e sólida, com algumas individualidades que se mostraram pilares
do grupo. Aguerrida, ao mesmo tempo que motivada pela calma do treinador,
conseguiram superar-se nos momentos de crise.
Ao invés, à equipa jovem do
Filipa, com tantas jogadoras novas, faltou responsabilidade, calma,
discernimento e consistência para assegurar os resultados de vantagem (que
foram inúmeros) e levá-los até ao fim.
O que falta à equipa para poder colocar o seu voleibol em campo? Já na
semana passada ficou aquém do esperado.
JR - Desde o início da época que sabemos que o campeonato não será
fácil. Não o está a ser. As equipas do grupo do Sul são muito competitivas; não
há estatutos, nem favoritismos, nem resultados esperados a priori – a balança
pode cair para um lado, ou para outro. Tudo depende da prestação em concreto,
demonstrada em cada jogo.
A equipa tem colocado o seu
voleibol em campo. Seria demasiado redutor afirmar o contrário. Saber o que
falta para chegar à vitória ou para conseguir uma prestação mais consentânea
com o trabalho que tem sido feito é um desafio constante: o desporto não é uma
realidade estática, não existe uma receita pré-feita. As peças têm de ser
mexidas, aqui e ali, de modo a se conseguir chegar mais perto do sucesso. Para
tanto, caberá aos treinadores aliar os dados recolhidos até agora aos objetivos
propostos de modo a que a equipa possa gerar os tão esperados frutos.
2 jogos, 1 ponto. A semana que vem não jogam por desistência do CVA, e
o próximo jogo vai ser com o candidato ao título – PEL. O que se pode esperar
do grupo nestas duas semanas que vão ter pela frente?
JR - Duas semanas isentas de competição têm aspectos positivos e
aspectos negativos a considerar. Se por um lado temos mais tempo e mais calma
para preparar o jogo contra a equipa do PEL, por outro lado quebra-se o ritmo
competitivo que é tão importante nesta primeira parte da época.
Do grupo pode-se esperar mais
trabalho, mais dedicação e, sobretudo, mais união. Mais união e entreajuda para
superar as adversidades e para podermos caminhar num mesmo objetivo. As
conquistas fazem-se nestes termos, passo a passo: estas últimas duas derrotas
não podem ter outra consequência senão a de aprendizagem e motivação para fazer
melhor.
É o seu primeiro ano no clube. Como está a ser a sua adaptação ao
Filipa?
JR - A adaptação ao Filipa, em termos genéricos, está a correr bem.
Em relação ao grupo de trabalho, e em virtude dos vários momentos que nos foram
proporcionados em conjunto (extra treinos), a integração não se mostrou
difícil. Apesar das saídas de jogadoras da “casa” e da entrada de tantas
outras, a equipa sénior do Filipa não perdeu a identidade. Com essa identidade
– que antes me era desconhecida – fomos (creio poder falar por todas as novas
aquisições) genuinamente acolhidas e, ao longo destes dois meses, posso afirmar
que caminhámos para a unicidade do grupo. A elas, uma palavra tardia: obrigada.
Em relação à equipa técnica e ao
método de treino: as diferenças são muitas. Mas, de uma forma ou de outra,
sabia para o que vinha. Um treinador exigente, dedicado e muito competitivo que
se faz acompanhar por outros dois treinadores adjuntos também empenhados em
conseguir o melhor do grupo. Dizer que já me habituei a todas estas novidades
seria estar a ser demasiado otimista. Contudo, o balanço inicial é positivo e
mantenho a certeza de que tenho muito para aprender neste novo ciclo.
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