segunda-feira, 3 de novembro de 2014

2ª Jornada Filipa x Esmoriz

QUEENS COM DERROTA COMPROMETEDORA EM CASA.

Exibição muito cinzenta perante um adversário cheio de ganas.
Lisboa, 2nov2014

O Filipa recebia hoje o Esmoriz Ginásio Clube no seu pavilhão e esperava-se um jogo emotivo. O Campeão da 3ª divisão da época passada tinha vencido a Académica por 3-1 em sua casa e vinha cheio de confiança para a visita ao Castelo das Queens. Por seu lado, as donas da casa tinham que recuperar os pontos perdidos na semana anterior na parede. Sabe-se a capacidade que as Queens têm e a forma como defendem o seu território, sendo por isso uma equipa difícil no seu reduto.
Deste modo, quem foi encher o pavilhão da Filipa de Lencastre foi com a expectativa de ver um jogo disputado ponto-a-ponto mas acabou por ver umas Queens sem chama, receosas, pouco dominantes. Mesmo no segundo set quando tiveram a liderar a partida com vantagem segura, acabaram por soçobrar nos últimos pontos.
Mas então como foi a história deste jogo?

Foi um jogo em que a equipa da “barrinha” dominaram com muita concentração e empenho. No 1º Set as Queens apenas conseguiram ter vantagem no início da partida  com 8-5. Mas a partir daqui o Esmoriz arranca para uma exibição segura que foi suficiente perante uma equipa da casa com pouco “sangue” para replicar. Sem grandes dificuldades as nortenhas vencem por 18-25.
Com as alterações produzidas no 2º Set esperava-se uma Queens mais combativas. E , de facto, o arranque foi mais perto do que se esperava da equipa.  Vantagem de 6-1 leva o treinador  do Esmoriz a pedir o seu desconto de tempo. Mas as Queens continuam a fazer estragos na receção contrária e vão mantendo a distância até aos 16-9.  A parir daqui entramos noutro registo completamente oposto. Um serviço, 2 receções e um ataque falhados foi uma sequência demolidora para o Filipa. As nortenhas ganham ímpeto e começam a colar no marcador. As lisboetas começam a ter dificuldade em fechar jogadas e o bloco começa a vacilar. A reviravolta acontece aos 22-23… e mais 2 ataques para a falhados em side-out  deu a vitória aos visitantes por 22-25.
O 3º e último set foi ainda mais complicado para as Queens.  Se o início deste set deu ainda para sonhar com a recuperação com o 9-9 no marcador dá-se a sentença final na partida. Uma sequência imparável de 11 pontos para o Esmoriz, apesar dos descontos de tempos pedidos, leva o marcador para 9-20. A partir daqui foi esperar pelo términus do jogo. Uma reação das Queens, que pareceu mais consentida do que criada, ainda permite encurtar a distância do marcador para um aceitável 19-25.

As Queens perdem 3 pontos em casa o que vem aumentar as dificuldades para os próximos encontros. A equipa parece estar a demorar a entrar num registo de competitividade que esta prova obriga. Sente-se que há valor e potencial mas as coisas não estão a sair como o grupo deseja.
Na próxima semana as Queens não jogam por desistência do CV Aveiro. O regresso está marcado para dia 16 de Novembro em casa  do Pedro Eanes Lobato num jogo de grande dificuldade.


Flash Interview –

A entrevista rápida coube a Joana Reis. A distribuidora da equipa que este ano ingressou nas Queens após uma época na ADM.
Joana, foi um mau jogo das Queens este da receção ao Esmoriz. Concorda?
JR - Não posso afirmar que tenha sido um jogo mau, sem mais. Certamente que não correspondeu ao que expectávamos, depois destas últimas semanas de trabalho. Contudo, o resultado não resume a história do jogo: assistimos a momentos com um bom nível de jogo, tanto da parte da equipa do Esmoriz como da parte das Queens.
O Esmoriz apresentou-se com uma equipa madura e sólida, com algumas individualidades que se mostraram pilares do grupo. Aguerrida, ao mesmo tempo que motivada pela calma do treinador, conseguiram superar-se nos momentos de crise.
Ao invés, à equipa jovem do Filipa, com tantas jogadoras novas, faltou responsabilidade, calma, discernimento e consistência para assegurar os resultados de vantagem (que foram inúmeros) e levá-los até ao fim.

O que falta à equipa para poder colocar o seu voleibol em campo? Já na semana passada ficou aquém do esperado.
JR - Desde o início da época que sabemos que o campeonato não será fácil. Não o está a ser. As equipas do grupo do Sul são muito competitivas; não há estatutos, nem favoritismos, nem resultados esperados a priori – a balança pode cair para um lado, ou para outro. Tudo depende da prestação em concreto, demonstrada em cada jogo.
A equipa tem colocado o seu voleibol em campo. Seria demasiado redutor afirmar o contrário. Saber o que falta para chegar à vitória ou para conseguir uma prestação mais consentânea com o trabalho que tem sido feito é um desafio constante: o desporto não é uma realidade estática, não existe uma receita pré-feita. As peças têm de ser mexidas, aqui e ali, de modo a se conseguir chegar mais perto do sucesso. Para tanto, caberá aos treinadores aliar os dados recolhidos até agora aos objetivos propostos de modo a que a equipa possa gerar os tão esperados frutos.
2 jogos, 1 ponto. A semana que vem não jogam por desistência do CVA, e o próximo jogo vai ser com o candidato ao título – PEL. O que se pode esperar do grupo nestas duas semanas que vão ter pela frente?
JR - Duas semanas isentas de competição têm aspectos positivos e aspectos negativos a considerar. Se por um lado temos mais tempo e mais calma para preparar o jogo contra a equipa do PEL, por outro lado quebra-se o ritmo competitivo que é tão importante nesta primeira parte da época.
Do grupo pode-se esperar mais trabalho, mais dedicação e, sobretudo, mais união. Mais união e entreajuda para superar as adversidades e para podermos caminhar num mesmo objetivo. As conquistas fazem-se nestes termos, passo a passo: estas últimas duas derrotas não podem ter outra consequência senão a de aprendizagem e motivação para fazer melhor.
É o seu primeiro ano no clube. Como está a ser a sua adaptação ao Filipa?
JR - A adaptação ao Filipa, em termos genéricos, está a correr bem. Em relação ao grupo de trabalho, e em virtude dos vários momentos que nos foram proporcionados em conjunto (extra treinos), a integração não se mostrou difícil. Apesar das saídas de jogadoras da “casa” e da entrada de tantas outras, a equipa sénior do Filipa não perdeu a identidade. Com essa identidade – que antes me era desconhecida – fomos (creio poder falar por todas as novas aquisições) genuinamente acolhidas e, ao longo destes dois meses, posso afirmar que caminhámos para a unicidade do grupo. A elas, uma palavra tardia: obrigada.
Em relação à equipa técnica e ao método de treino: as diferenças são muitas. Mas, de uma forma ou de outra, sabia para o que vinha. Um treinador exigente, dedicado e muito competitivo que se faz acompanhar por outros dois treinadores adjuntos também empenhados em conseguir o melhor do grupo. Dizer que já me habituei a todas estas novidades seria estar a ser demasiado otimista. Contudo, o balanço inicial é positivo e mantenho a certeza de que tenho muito para aprender neste novo ciclo.


0 Comentários: